UMA PEQUENA TRISTE HISTÓRIA.

Bom dia meus amigos e queridas amigas.

Quando acordei todo feliz e empolgado no sábado, dia 6 de setembro de 2003, não poderia imaginar, nem em sonhos, que ele se transformaria no dia mais triste e doloroso de minha existência. Nas fotos abaixo uma pequena história real que mudaria minha vida para melhor mas que acabou se transformando numa triste decepção.

Um grande abraço a todos e até a próxima postagem se DEUS assim o permitir.

 

Dia 25 de agosto de 2003 minha irmã Magda ao entrar no quarto da filha Mayara encontra ...

... esse bilhete: " a Mayara quer sumir do mapa, ela quer ir para o Recife com o dindo dela". Com o coração apertado avisa o seu marido Paulo que eles vão para Recife o quanto antes.

26 de agosto. Sabendo da notícia Mayara liga para mim e diz, feliz da vida, que eles vão morar comigo em Recife. Meu coração explode de alegria pois esse sempre foi o meu maior desejo.

Em 28 de agosto de 2003 Mayara liga para mim para dar outra ótima notícia: nasceu 3 filhotes do casal Mel e Bengi. O Bengi é dela, a Mel é da mamãe Magda.

Quando pergunto prá ela como vamos batizar o meu filhote ela diz: Já batizei dindo. O nome dele é GÊ BOLINHA. Pergunto porque e ela diz: Gê de Germano e o Bolinha em homenagem ao teu barrigão. Juro que não gostei, kkkk.

Na quarta, 3 de setembro, após o almoço, Mayara e sua família, composta do papai Paulo, da mamãe Magda, do irmão Thales, dos cachorros Bengi, Mel, Gê Bolinha e dois irmãos (com apenas 6 dias de vida) iniciam uma longa viagem de Imbé até Recife. Serão longos 5 mil kms.

Enquanto eles viajaam, eu feliz corria atrás de apartamento para alugar. Pretendia mudar para a beira da praia em Recife para que a Mayara pudesse aproveitar mais os banhos de mar.

Sábado, 6 de setembro de 2003. Por volta das 13 horas minha irmã Magda liga de Vitória, ES, dizendo que eles vão tocar direto pois Mayara esta com muita dor. Diz que devem chegar na segunda ou no máximo na terça. Minha felicidade aumenta, mesmo não tendo conversado com minha amada sobrinha e afilhada durante a ligação pois ela havia ficado no carro, estava muito cansada, mas mandou um beijão para mim.

Sábado, 6 de setembro. Estava eu sentado no quarto, com toda a mudança já arrumada, rasgando algumas cartas que guardava desde 1986 quando o telefone toca. Corro para atender mas a ligação cai. Pelo bina sei que é o celular da minha irmã. Na hora senti um aperto no coração, mas minha mente diz: calma, é a Mayara que quer falar contigo. Volto para o quarto mas poucos minutos depois o telefone volta a tocar. São 21 horas. Atendo e apenas ouço essas palavras da mana chorando: A Mayara partiu, te ligo mais tarde. Desligou.

Meu mundo desmoronou. Ela partiu feliz por estar realizando seu sonho, vir morar comigo. Partiu sozinha, com apenas 14 aninhos, no banheiro de um posto de gasolina de beira de estrada. Minha irmã velou ela uma noite, eu velei ela na outra. Morreu na Bahia, foi cremada no Espírito Santo e suas cinzas voam livres no morro do Guarita em Torres, RS. Na foto ela e o irmão Thales em Bonito, MS.

Ela partiu, virou um anjo, mas não partiu sem antes me deixar essa figurinha. Cada vez que olho pra ele vejo nele sinto a presença dela, presente, em todos os momentos de minha vida. Algumas pessoas morrem e deixam os orgãos vivendo em outras pessoas. Mayara partiu mas deixou todo o seu amor por mim nesse animal. Quem disse que ele é um animal? Só ele.

 NO VÍDEO ABAIXO UMA ESPECIAL HOMENAGEM A MINHA ETERNA E INESQUECÍVEL SOBRINHA E AFILHADA MAYARA REGINA NEVES ATRAVÉS DO MEU AMADO E FIEL CÃOPANHEIRO BOLINHA.