Olá meus amigos e queridas amigas.
Boa tarde.
Pois foi justamente isso que aconteceu na tarde/noite de ontem comigo, meu primo Éder e o filho Daniel. Havíamos programado fazer uma caminhada da praia de Armação até Lagoinha do Leste, uma praia totalmente deserta, sem nenhuma habitação, só areia, lagoa e mar. Um verdadeiro paraíso. Saímos por volta das 14.30hs com previsão de caminhar 2 horas e meia. Já no meio da trilha percebi que seria quase impossível voltar pelo mesmo caminho pois seria noite e pedaço da trilha fica em meio a mata totalmente fechada. Toda trilha tem uma pontuação de dificuldade que fica entre zero e dez. Na minha opinião a nossa era de dificuldade de grau entre 7 e 8. Mas tudo bem, a gente podia seguir por outra trilha, de Lagoinha até Pântano do Sul. Essa caminhada seria de aproximadamente 40 minutos, mas o grau de dificuldade devia ser de 8 e 9, pois a subida era muito forte e escorregadiça.
Por volta das 17 horas avistamos do alto do morro a linda e selvagem Lagoinha do Leste. Mas ainda teríamos um bom pedaço de caminhada até a beira mar. Pior que o horário era o tempo que estava com cara de poucos amigos e uma chuva estava a caminho. Chegamos na areia, batemos algumas fotos, encontramos um pescador que chamei de ERMITÃO, comemos um sanduiche com banana, bebemos água e sentimos que era hora de seguir em frente sem poder ao menos descansar por algum tempo. Nem bem começamos a caminhar pela orla, tínhamos que atravessar toda a extensão de areia para pegar a trilha do outro lado, o temporal que se aproximava chegou com força, muita chuva, raios e trovões. Não podíamos seguir pois era muito perigoso um raio nos atingir. Não tinha abrigo nenhum, a solução foi ficarmos os três sentados, quase enterrados na areia, chamando por Santa Barbára, a Santa dos Temporais. Foram quase 20 minutos de muita chuva no lombo até que finalmente o tempo melhorou um pouco e fomos obrigados a seguir em frente pois senão íamos atravessar a mata de noite.
Tem um velho ditado que diz, que se a situação estiver ruim, fique calma pois era poderá ficar ainda pior. Depois de uma longa caminhada pela areia chegamos no início da trilha que nos levaria até Pântano do Sul. Um pescador se ofereceu para levar a gente de barco até o outro lado, mas não dava segurança pois o mar estava muito batido e seria complicado passar pela arrebentação. Grande foraç, se ele que é pescador estava com receio, o que dirá de nós... Decidimos seguir pela trilha, afinal seriam apenas 40 minutos. Seriam. Começamos a subir, a subir, a subir, cada vez com mais dificuldade pois a trilha estava muito escorregadia e a água da chuva que caiu pouco antes ainda escorria. Seguimos em frente. Os primos já estavam quase no bagaço e eu, do alto dos meus 53 anos, tentava abrir o passo para fugir da noite. Não deu. Não deu mesmo. O primo Éder (que já havia escorregado na trilha anterior) levou outro escorregão e sofreu uma entorse no dedo médio. O primo Daniel conseguiu perder os óculos no caminho e, graças à DEUS, conseguiu achar, mesmo no escuro. Eu já tinha resolvido ligar para a prima Berenice para pedir socorro aos bombeiros. Estávamos no meio da trilha, sem lanterna e caindo aos pedaços. Éder não deixou ligar, disse que iria na frente para buscar socorro. Decidimos seguir os três juntos. Não dava para enxergar um palmo na frente do nariz. A dificuldade passou dos 10. Minha Nossa Senhora. Quando mais andamos mais difícil ficava a trilha, estreia e cheia de pedras, buracos e escorregadiça. A nossa salvação foi o celular do Éder. Ele ligava, andava dois passos, parava, ligava prá mim e para o Daniel andar dois passos e voltava a andar mais dois passos. E assim fomos, de metro em metro, numa selva totalmente fechada. Não, não era hora de pensar nas cobras, aranhas e outros animais que com certeza habitam essa maravilhosa natureza. Eles estavam sem seu habitat, nós é que éramos os estranhos. Depois de muitos escorregões, pequenos tombos e arranhões, finalmente chegamos numa rua. O Éder ligou rapidinho para a Berenice que já estava em casa preocupada. Eram 8 horas e 30 minutos. Rezei um Pai Nosso agradecendo por termos saído ilesos dessa simples trilha que virou uma perigosa aventura. Serviu de lição. Nunca sair para fazer uma trilha sem levar uma ou até mesmo duas lanternas. O primo Daniel hoje nem foi para o colégio, estava todo quebrado.
Um grande abraço a todos e até amanhã se DEUS assim o permitir.
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Primo Éder e o filho Daniel. Já no começo da trilha deu para sentir que não seria fácil. |
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Será que vou suportar e vencer tantos obstáculos? |
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Priiiiiiiiimo... tem certeza que isso é uma trilha? |
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Saímos da mata fechada. Agora teremos esse lindo visual até Lagoinha do Leste. |
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Eu e Daniel curtindo esse cenário maravilhoso. |
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Daniel. |
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A trilha é difícil, mas o visual compensa. |
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Pai e filho... só falta o Espírito Santo. Carona? aqui não tem carona primo. |
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Que costão, coisa mais linda. |
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Vejam só a trilha que estamos seguindo, morro a cima. |
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Prá baixo... só rolando com parada na água e já na presença de São Pedro, com certeza. |
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De muito longe ainda avistamos a Ilha de Campeche. Dia desses vou até lá. |
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Que dupla. Eu e Éder, ainda com cara de muitos amigos. |
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Daniel perdeu o óculos na outra trilha, só conseguiu encontrar porque DEUS ajudou. |
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Aquela manchinha azul e preta sou eu caminhando. É muito longe. |
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Nossa, 53 aninhos e nessa forma (de barril) toda. |
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Nem pensar em tentar chegar até a ponta da rocha. Melhor só apreciar. |
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Vamos primos... força e coragem... agora falta pouco. |
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Primeira visão dessa bela e ainda selvagem ... |
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... praia de LAGOINHA DO LESTE. |
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Calma, ainda temos uma longa caminhada até lá. |
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Essa formação de pedra é obra do homem ou de DEUS? |
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Do utro lado do morro fica a praia de Pântano do Sul. |
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É naquele morrinho que vamos fazer a trilha para chegar do outro lado. |
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Primeiras pisadas numa praia que muito pouca gente conhece. Tem que ter peito e coragem para chegar até aqui. |
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OS 3 MOSQUETEIROS vibram depois de quase 3 horas de caminhada. |
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Mas olhando para o céu ... |
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... O ERMITÃO disse que era prá gente seguir em frente pois a coisa não estava ficando boa para o nosso lado. Acertou na mosca. |
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Daniel até tentou entrar na água mas desistiu, estava muiiito gelada. |
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Ainda bem pois a gente tinha uma longa caminhada pela orla da praia até o outro lado. |
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O temporal caiu e saimos ilesos dos raios e trovões. |
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Uma foto debaixo dessa cabana de pescadores ... |
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... antes de iniciar a trilha até Pântano do Sul. |
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Essa placa esta colocada no início da trilha, em Pântano do Sul. |
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Vejam que escuridão ... |
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... só mato e mato ... |
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não fosse o celular do Éder... nem sei o que seria de nós. |
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Enxergou? claro, com o flash da máquina fica fácil de ver. E sem ele? Nada. Eu queria pedir SOCORRO. Éder não deixou. |
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Agora faltava pouco mais de 200 metros para chegar na rua, mas a gente não sabia, não tinha noção. |
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OBRIGADO SENHOR !!! |
Olá, obrigada pela visita em meu blog, ja estou seguindo aqui!
ResponderExcluirVolte sempre, bjs:*
Aveeeeeeeeeeeeee!
ResponderExcluirQue maluquice,
Um passeio, virou um desafio e tanto,
Amém, que tudo ficou bem,
E o Bolinha? Já está melhor?
Se cuide
Bjkas
Clemente,
ResponderExcluirEu faço trilhas por aqui. É preciso muito preparo físico e cuidados.
As daqui são cheias de mapas e indicações.
Fiz uma com uma paisagem tipo essas, onde caminhamos à beira do Mar da Tasmânia. A coisa mais linda de se ver. Foram 4 horas, em ritmo de pressa.
Sempre faço de duas horas, ou três, isso quando faço sozinha.
Acho que apesar do sufoco, valeu a pena. Foi uma experiência há mais. Agora, vocês só irão fazer com todo o preparo necessário. E ver essas lindas imagens, não tem preço.
E o bolinha? Ficou com tia Berenice?
Ah e quanto a forma de barril, liga não. Risos O importante é estar em forma, seja ela qual for. Rs
Beijos
Caramba bicho... que apuro vocês passaram. Ainda bem que não aconteceu nada mais grave e tudo serviu coo lição para uma próxima aventura.
ResponderExcluirAbraço.
Olá Germano, que sufoco! que experiência! Ufa!! Da proxima vez a aventura ficará mais tranquila..(Será?.. rs) Bom fim de semana, amigo! Beijos.
ResponderExcluirQue aventura perigosa heim?
ResponderExcluirFazer trilha e grande caminhada é muito legal
mas também muito perigoso. Acredito que de tudo ficou uma grande lição, além das belíssimas fotos e de uma história pra contar.
Da próxima vez organize-se melhor Rsrsrs...
Abraços! Boa noite,uma semana abençoada e feliz pra ti.
Realmente essa aventura é para poucos homens desbavadores e com muitaaaaaaaaaaaa coragem e senso de navegação. Parabéns meus queridos!
ResponderExcluirFoi só um susto a ilha é um lugar maravilhoso, abraço Lisette.
ResponderExcluirClemente,meu amiguinho Tigre(beagle) está participando do concurso Esconde esconde no blog da Kika,preciso de seu votinho na fotinha dele....O NÚMERO É 47 e este é o link :
ResponderExcluirhttp://kikaeassuasideias.blogspot.com/
Muito grata!Beijos
Olhando as imagens da volta dessa aventura: ave! Que maluquice, rsrs
ResponderExcluiruma loucura, mas valeu a pena o cenário é lindíssimo,espero que na proxima trilha esteja preparado, esta muito novo, voce aprende rsrsr, por isso te enviei aquela mensagem, porquê so Deus que nos guiará...ele está te protegendo onde estiveres.
ResponderExcluirbeijos...te cuida!
Que loucura, Clemente! Os anjos-da-guarda de vocês certamente foram promovidos. Eu nem sabia que trilha tinha pontuação. Se cuida! Abraço!
ResponderExcluirQue viagem eem ? e que história!
ResponderExcluirLindas as fotos.
bjs:*
Fiquei assustada só em ler essa aventura dos 3 mosqueteiros...
ResponderExcluirAinda bem que teve um final feliz!
Belíssimas imagens!
Bjos